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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

One-Shot: Ciúmes.


Sinopse: Ciúmes. Essas seis letras podem representar muitas coisas, inclusive a salvação de um relacionamento ou a destruição do mesmo.
Hermione, agora Weasley, conhece muito bem esse sentimento. Quando Ron Weasley, seu marido, sai no meio da noite depois de um misterioso telefonema, esse casamento, considerado sólido e feliz, pode ir por água a baixo.

Gêneros: Famí­lia, Romance e Novela, Shoujo (Romântico).

Baseado: Harry Potter.

Classificação: Livre.

Escrita por: Li Everllark.

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Capítulo Único: Ciúmes.

P.O.V. Hermione.

 Estava dormindo, quando ouvi o barulho do celular, que eu tinha dado de presente a Rony, tocar. Ele se levantou, pegou o telefone e saiu do quarto. Quando ouço a porta se fechar, me levanto e fico ouvindo a conversa:

- O que foi? Espero que seja algo sério para me ligar a essa hora! – Ele reclama, alguém diz algo que não posso ouvir na outra linha e ele responde:

- Sério? Não dá pra ser amanhã? A Hermione está aqui. O que? Eu não vou inventar uma desculpa, ela ainda é Hermione Granger.

“Porque ele inventaria uma desculpa pra mim?“ Penso.

- Tá, ta. Eu vou! No ministério, em que sala? Eu sei onde é a sala de Harry Potter! A gente “trabalha” lá!  - Ele falou sorrindo e dando ênfase no “trabalha.”

 Não acredito, ele está me traindo e na sala de Harry? Eu ouvi isso direito? Não, não pode ser. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, mas continuo ouvindo.

- Estou indo. Mas tem que ser rápido. Tchau. Até logo. – Ele fala e volto para a cama.

 Rony pega um casaco e sussurra para mim:

- Já volto.

 “Como ele tem coragem?” Penso.

 Ele aparata e no mesmo instante pulo da cama e coloco um casaco, para no próximo segundo aparatar na porta da sala de Harry. Eu uso um feitiço de desilusão e espero, Ron já está lá dentro e depois de alguns minutos, Sophie, secretária de Harry, aparece.

 Seguro-me para não voar nela, mas tenho que ter certeza. Ela entra na sala e ouço a conversa:

- Senhor Weasley? – Ela pergunta.

- Ah, olá Sophie.  – ele diz, mas não consigo ouvir o que eles falam em seguida.

 Encosto meu ouvido na porta e ouço uma frase que me revira o estômago:

- Obrigada, não sei o que seria da minha vida sem você! – Ele brinca e os dois riem. Ele se dirige a porta, mas a escancaro e retiro o feitiço.

- Hermione? – Ele pergunta.

- É, a Hermione idiota Weasley. Agora, ex-Weasley! – Eu berro.

- Hermione, não é isso... – Ele se explica, mas aparato antes que ele termine de falar.

 Aparatei na sala da mansão Potter, sei que Gina está viajando a trabalho e Harry deve estar cuidando de James, mas eu preciso do meu amigo. Agora. Ele não está na sala, mas antes que eu possa chamá-lo a campainha toca e me escondo em baixo da capa da invisibilidade que está jogada no sofá.

- Até que enfim! – Harry resmunga enquanto vai atender a porta. – Rony? Pensei que você tinha se perdido no caminho... O que houve? – Ele diz puxando aquele idiota pra dentro.

- Sinceramente? Aconteceram muitas coisas e a primeira é que eu acabei de perder a minha esposa, ser acusado de traição e decidi que te odeio! – Ele resmunga.

- Que? Como assim? Ah, já sei! O que foi dessa vez? Brigaram pela cor da cortina ou você está no meio de outro complexo de inferioridade? – Harry disse entediado.

- Não, é muito pior que isso! – Rony disse, é claro! Porque eu deixei de ser idiota.

- O que pode ser pior que te ouvir se lamentando por horas a fio?

- A Hermione acha que eu a traio!

- Espera! Me explica isso.

- Ta. Hoje, quando você me ligou, pedindo aquela papelada, eu achei que ela estava dormindo, mas provavelmente entendeu tudo errado. – Bufou Rony.

 Eu não creio que... Essa não...

- Mesmo? Que droga! Foi mal, Ron. – Desculpou-se Harry.

- Tudo bem, mas eu não sei se ela vai acreditar em mim... – Disse Ron.

- É claro que vai, ela te ama!- Assegurou Harry.

- Você acha?

- Eu tenho certeza. Sempre tive, desde quando vocês brigaram pela primeira vez! – Falou Harry seguro e eu tinha que concordar que ele estava certo.

- Eu nem sei mais. – Disse Rony se jogando no sofá.

- Você a ama? – Harry perguntou e eu tive medo, muito medo, da resposta.

- Mais que tudo na minha vida. – Assegurou Ron e me enchi de alegria.

- Então, pronto! Se você tem certeza disso, fale com ela e pronto! – Aconselhou Harry convicto.

- Harry, você se esqueceu que eu sou Rony Weasley e não você? E se ela disser que não me ama mais?

- Não, eu não me esqueci que você é Rony Weasley, porque esse foi o motivo pelo qual a Mione se casou com você! Ron, você acha que se ela não te amasse, tinha dispensado o Krum, você acha que se ela ligasse pro seu sobrenome, teria o aceitado, se casado com você?!

- É, não... Você tem razão, mas o que eu faço agora? – Admitiu Rony. – Eu não quero perdê-la, eu não posso, Harry. Não posso.

 Harry se sentou ao seu lado no sofá e disse:

- Só vá atrás dela e diga tudo o que me falou. É simples.

- Não é tão simples, mas se é o único jeito... Eu vou atrás dela e vou falar tudo. – Ele afirmou e se levantou.

 Meu coração saltou de alegria, antes que ele chegasse a porta, joguei a capa no chão e sussurrei:

- Não precisa, eu sempre soube disso.

 Ele se virou em um pulo, sua boca abria e fechava, mas não conseguia dizer nada. Eu fiz a única coisa que podia fazer: O beijei, ele ficou confuso no início, mas correspondeu. Nesse beijo, eu expressei o meu pedido de desculpas e ele, o seu perdão.

- Hã, Hã!  - Pigarreou Harry. – Isso é tortura, a Gina viajando e vocês nesse agarramento. Virou mania se beijar na minha frente?

- Para de ser carente, cicatriz, e vem cá! – Falei,o puxei pra um abraço e dei outro beijo em Ron.

- Ei! Vão para um quarto! – Harry disse. Todos rimos e em seguida, nos sentamos para jantar e conversar. O que eu pensei ser a pior noite da minha vida foi uma das melhores.

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