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sábado, 7 de setembro de 2013

Jogos dos Deuses cap.8: Revelações..

  - Não é possível! - arquejei sentindo minha respiração se acelerar. Meu coração disparou martelando descompassadamente em meu peito,o medo se alastrando por minha alma deixando-me tonta e por alguns segundos sem sentido. Minha cabeça girou.
  - Você tá bem? - perguntou Alec com o familiar tom de deboche em sua voz, todavia dessa vez havia algo a mais em seu tom de voz parecia ser preocupação.
  - Iss... isso não poderia acontecer não é? - gaguejei sentindo minhas mãos tremerem freneticamente, meus olhos estavam fixos nas gigantes crateras. O ar ia e vinha rápido de mais em meus pulmões fazendo minha cabeça girar ainda mais, senti que estava perdendo o controle que tinha sobre mim e que em algum momento eu começaria a gritar. - Responda Alec! - ordenei me voltando para ele.
  Ele me olhava fixamente avaliando-me com cuidado, como se tentasse decidir se eu era apita a escutar sua resposta ou não. Não consegui me segurar, avancei em sua direção agarrando a gola de sua blusa com toda a força que eu tinha, mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele agarrou meus pulsos com força e me fez rodopiar para trás dele, senti minha cabeça colidir contra um galho de uma árvore e um talho se formar em minha cabeça, não muito profundo, mas o suficiente para que o sangue escorresse pela minha testa até chegar na ponta de meu queixo. Me debati contra ele desviando novamente de um golpe que ele deferia em minha direção, mas não fui tão rápida como esperava. Alec me jogou no chão usando seu peso para me imobilizar. Suas mãos envolveram meus pulsos enquanto ele tentava me controlar, em questões de segundos não pude fazer nada além de me contorcer em baixo dele, tentando achar uma maneira de tira-lo de cima de mim.
  - Me solta! - gritei alto o suficiente para que qualquer pessoa do acampamento escutasse.
  Ele não respondeu, seus olhos estavam fixos nos meus ameaçadores como uma tempestade em alto mar. Suas mãos se estreitaram envolta dos meus pulsos forçando-me a parar de me debater.
  - Saia de cima de mim. - eu disse com a voz cuidadosamente controlada.
  Ele não se mexeu, em vez disso apenas disse:
  - Controle-se não deixe que o medo a domine!
  Engoli em seco. Ele era mais perceptivo do que eu imaginava, mas fiz o que ele mandou aos poucos minha mente voltou ao lugar, minha visão ficou um pouco mais clara apesar de ainda estar embaçada por causa do sangue que fluía de minha testa.
  - Você está bem? - perguntou ele novamente serio.
  - Saia de cima de mim. - ordenei entre dentes, de nada adiantou. - O que você está escondendo? - perguntei por fim avaliando seus olhos com cuidado. Uma pequena e incomoda sensação de desconfiança se aflorou em mim, havia algo que ele estava escondendo de todos eu podia ler em sua expressão! Seus olhos desviaram de meu rosto e fixaram-se em algum ponto mais para trás.
  Ergui com dificuldade minha cabeça na linha de seu olhar sentindo minha pele queimar quando vi Valerie postada próxima a nós, seus olhos vacilando entre eu e Alec de uma maneira irritante, os lábios estavam apertados em uma fina linha rígida reprimindo um sorriso que ameaçava escapar. Ela se aproximou de nós lentamente, seus passos calculados enquanto seus olhos fixavam-se furtivamente em mim.
  - Interrompo algo? - perguntou ela com um tom de malícia. Bufei baixinho.
  - Não, você não interrompeu nada. - resmungou Alec de repente parecendo desconfortável.
  Valerie ergueu uma sobrancelha avaliando-nos de maneira critica.
  - Não mesmo? - incentivou ela abrindo um sorriso para mim.
  Antes que Alec pudesse responder mordi seu pulso direito com toda a força que eu tinha em meu maxilar. Ele urrou baixinho sussurrando uma sequência de palavrões até que eu soltasse seu pulso. Era minha chance, suas mãos largaram meus pulsos como reflexos e então envolveram o braço ferido dando-me a oportunidade perfeita de me levantar, empurrei ele para o lado e me pus de pé.
  Valerie ergueu e abaixou as sobrancelhas sucessivamente dando a entender "E ai,o que aconteceu?", abri um sorriso duro e apontei para meu ferimento na testa que começava a latejar, arranquei parte de sua blusa xadrez ainda fuzilando-a com o olhar e então coloquei em minha testa.
  - Qual é o seu problema?... - Valerie começou a dizer enquanto eu limpava meu machucado adquirido graças ao meu querido "amigo" Alexander.
  - A onde está Quiron? - questionei olhando para o redor das árvores agora estranhamente sombrias.
  Valerie hesitou. Uma estranha e repentina chuva alcançou o acampamento com violência, os raios ricocheteavam o céu escuro e sem estrelas, o vento era forte e extremamente frio fazendo meus cabelos chicotearem meu rosto.
  - Mas que droga está acontecendo agora? - resmungou Alec se pondo de pé e ficando ao lado de Valerie.
  - Eu não tenho ideia. - resmungou Valerie seria, assim como a mãe Atena, avaliando criteriosamente a chuva, como se tentasse desvendar um mistério que a envolvia.
  Foi então que aconteceu, um estrondo ensurdecedor ecoou pelos céus tempestuosos e tudo ficou claro. Eu podia ouvir os gritos desesperados que Valerie soltava, mas aos poucos estes foram sumindo em meio o grande clarão que me envolvia. Eu não sabia ao certo como me sentir, todavia não estava com medo era como se meu pai estivesse ali, de repente tão próximo a mim, era como se eu pudesse ver seu sorriso em minhas mais remotas lembranças de uma maneira que eu nunca senti em toda a minha vida. Ele estava ali! Eu podia sentir.
  Então a luz foi lentamente consumida pelas trevas que envolviam o bosque, eu estava novamente só no meio da mata, no meio do silencio. Um turbilhão de emoções me atingiram de forma brutalmente dolorosa, eu estava novamente perdida em um lugar tão familiar e ao mesmo tempo tão desconhecido...
  - Hay... - a voz de Valerie foi sumindo aos poucos enquanto está por sua vez encarava algo atrás de mim.
  Ambos Valerie e Alec pareciam perplexos encarando algo atrás de mim, virei-me lentamente á ponto de ver apenas uma faísca de que uma hora fora um raio. Senti meus olhos se arregalarem ao ver as faíscas desaparecer no meio da chuva. Eu havia sido reconhecida. Eu era filha de Zeus.

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